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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Fim do horário de verão!


Adoro quando acaba o horário de verão. Ainda mais agora, que estou levantando antes do sol nascer. Acredite quem quiser. Até eu duvido! Mas só gosto do fim do horário de verão no período da manhã. À tarde sinto falta dos dias mais longos, das tardes mais compridas. Por mim teria horário de verão o ano todo. Mas apenas no período da tarde. Não no período da manhã. Nunca tive dificuldade para me adaptar ao fuso, nas vezes que viajei para o Oeste. Quando viajo para o Leste, é um caos biológico. Mal começo a me adaptar, e já é hora de voltar. Talvez seja melhor viajar apenas para os outros pontos cardeais.

Adaptar-se às mudanças do horário de verão é como fazer dieta. Não sou adepto e não tenho o hábito. Mas não me importo de fazê-las, desde que seja entre as refeições e que respeite os finais de semana. Banho frio acho uma delícia, na praia, para tirar a areia. Ou num riacho, numa cachoeira. Nos outros 367 dias do ano, prefiro banho morno ou quente.

Voltando ao tema alimentação, nunca exagero. Como só até ficar satisfeito. Depois de saciar a fome, a vontade de comer e a gula. Claro, sempre reservo espaço para sobremesa e cafezinho. Mas prefiro alimentação saudável, aquela que me faz bem, que me dá prazer, que balanceia bem o peso na balança com o peso na consciência. Se preciso for, um abacaxi na sobremesa ou limonada para auxiliar na digestão. Afinal, outras refeições virão! Uma caminhada ajuda.

Fumei durante 18 anos. Nunca achei difícil parar de fumar. O difícil era não voltar. Não voltei, desde o último cigarro, há doze anos. Pudera, a vida de fumantes hoje em dia deve ser um saco, cheia de restrições. Bons vinhos, apesar de apreciá-los, paro de bebê-los sem dificuldade, assim que a garrafa acaba. Bons vinhos não são como cervejas que se compram às dúzias. Aprecio e valorizo cada gole.

Não tenho problema com vícios. Chimarrão, por exemplo: tomo há uns 30 anos diariamente e não viciei. Apesar de sentir falta quando viajo e fico dias sem tomá-lo. Fico seco de vontade. Mas passa assim que volto a tomar.

Nunca precisei de muito dinheiro para ser feliz. Apenas o suficiente para comprar ou pagar pelo que tinha vontade. Pena que nem sempre essa conta fecha. Acabo administrando minhas vontades e vou levando. Pra quem pensa que sou um grande poupador, não sou. Gosto de gastar com o que gosto. Apenas aprendi que ganhando e juntando antes de gastar pode-se aproveitar melhor o dinheiro e o que ele pode nos proporcionar.

A vida é tão simples. Pra que complicar? Fim do horário de verão? Vamos acertar o relógio e bola pra frente.


Álvaro Modernell