Blog do Instituto Casa de Autores, uma organização sem fins lucrativos cujo objetivo é fomentar a leitura e qualidade dos escritores no Brasil.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

JABUTI E TARTARUGA - PAGINA 8


Acontece que o rei e a rainha tinham um Jabuti e uma Tartaruga de estimação. Jabuti era muito perguntador, questionava tudo de frente para trás, de trás para frente e vice-versa. Mal acabava uma pergunta, nem tinha ouvido a resposta, e já estava com outra na ponta da língua. E quem sabe quantas perguntas caberiam nela?!... (Era uma língua muito grande a do Jabuti !)
A Tartaruga era mais velha, mais sábia, gostava muito de ler de cabeça para baixo e explicar em toda direção. Pensava muito e era, dos dois, a voz da razão.
Mas, terríveis como eram, os dois eram os únicos capazes de alegrar rei e rainha naqueles dias entristecidos.


JABUTI E TARTARUGA
Ilustrações de Graça Lima
Editora Elementar (www.editoraelementar.com.br)
ISBN 978-85-99306-41-3

quarta-feira, 8 de julho de 2009

MÚSICA E LEITURA — Histórias contadas e cantadas



Domingo passado, dia 5, estive no Águas Claras Shopping participando do Mergulhando nas Letras, um projeto que promove o encontro entre público e escritores, e que tem o apoio da Livraria Nobel e da nossa Casa de Autores.

As crianças foram muito receptivas: estavam atentas e participaram bem. Foi um final de tarde bem feliz. Abaixo o vídeo do começo da apresentação.



Fica aqui minha gratidão à Casa de Autores (valeu, Íris, Marco e Tatiana!), ao Águas Claras Shopping (valeu, Renato!), à Livraria Nobel (valeu, Luiz Mauro!), à Alba (que fez a gravação e as fotos) e a todas as crianças e pais que estiveram por lá: entre elas, João Marcos, Andressa, Lucas, André, Gabriela, Fabíola, Pascoal, Débora e Gabriel.

O projeto Mergulhando nas Letras acontece no primeiro domingo de cada mês. Dia 2 de agosto, será a vez da Dad Squarisi, que fará uma palestra sobre o novo acordo ortográfico.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

JABUTI E TARTARUGA - PAGINA 6

A história começa em um reino muito, muito antigo, onde viviam um rei e uma rainha já bem velhinhos. Durante toda a vida dos dois naquele reino maravilhoso, rei e rainha tiveram de tudo,
t-u-d-o, tudinho mesmo o que queriam. De sorvete a avião, de balinha a caminhão, bastava pensar em algo e acreditar que a coisa aparecia.
Só que como tudo na vida deles era muito fácil, com o tempo, rei e rainha foram perdendo o interesse pelas coisas e aos poucos acabaram ficando sem a capacidade de imaginar. E começaram a sentir falta de alguma coisa, que não sabiam o que era. E aquele vazio foi virando tristeza na vida dos Reis Velhinhos.



JABUTI E TARTARUGA
Ilustrações de Graça Lima
Editora Elementar
(www.editoraelementar.com.br)
ISBN 978-85-99306-41-3

ENTREVISTA + VAGA-LUME


Essa semana, estive na Rádio Senado gravando uma participação para o programa Autores e Livros, apresentado pela Margarida Patriota, colega da Casa de Autores.

Entre conversas, histórias e canções, o tempo passou rapidinho. A entrevista deve ir ao ar dia 22 de agosto, um sábado, às 15h, pela Rádio Senado, Brasília, 91,7 MHz.

Fiz uma gravaçãozinha, sem muita qualidade, e compartilho com vocês um pequeno trecho em que comento sobre o público-alvo da minha atividade como escritor/compositor e canto a canção Vaga-lume. Para ouvir, é só clicar aqui.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

No Reiono de Arapoanga

A escola de Arapoanga,
na tradicional Planaltina,
a cada ano que venho
uma coisa nova me ensina:
que o amor pela leitura
é do saber uma mina.

São professores danados,
teimosos como ninguém:
Zineuda, Amélia e Jordenius
nunca cederam ao desdém
de quem ignora o valor
que a poesia tem.

Numa cidade erguida
sobre a vermelha poeira,
com telhas improvisadas
porque a chuva é passageira,
uma escola bem pequena
é a esperança derradeira

Dos deserdados da terra
de emprego e de canção,
que numa escola de verdade
buscam a última remissão
de superar as misérias,
por meio da educação.

Uma escola onde tudo
era para dar errado
juntaram-se mais professores
como brotando do cerrado,
entusiasmados de fato
para transformar esse fado.

No Cefa de Arapoanga
mais que ensino, alegria
brota em cada sala,
onde pensar é mania
para espantar o mau agouro
da falsa democracia.

Porque no Reino de Arapoanga
democracia não é só votar,
é ler e escrever uma carta,
um livro, um blogue, um jornal;
é mergulhar no Brasil
e em sua cultura popular.

Aqui, no Café com Letrras,
em sua oitava jornada,
quem nunca viu, venha ver,
esse café é uma parada:
onde se sorve a leitura
pelas mãos de estranha fada,

Pelo chapéu de um saci
ou pelo rastro da Iara,
pelos versos de cantoria,
onde a imaginação não para,
pois é sempre reforçada
pela coragem mais rara.

A coragem que é da fé,
da cabeça ao coração,
feita de camaradagem
e também de emoção.
Viva o Cefa Arapoanga,
que reescreve a educação.


(Que venha de lá o café,
venha o suco, o leite, o p ão.
Venha também o abraço
que alimenta a afeição.
E venham teatro e poesia
que dão alma à educação)

João Bosco Bezerra Bonfim, em 1º de julho de 2009